Fases do processo
- O(A) voluntário(a) inscreve-se no programa (Formulário de inscrição)
- A RBE procura uma biblioteca escolar, respeitando as indicações do voluntário(a);
- A direção da escola analisa a proposta do professor bibliotecário, após entrevista, e aceita o voluntário(a), aderindo ao programa;
- O(a) voluntário(a) é colocado(a) na escola.
Nota: A aceitação do Voluntário é sempre da responsabilidade da direção do agrupamento/ escola não agrupada.
Quem pode ser voluntário
Pessoas maiores de 18 anos, com perfil para acompanhar uma criança ou jovem na leitura, estimulando o seu gosto, compreensão e fluência. É importante que:
- Gostem de ler e de partilhar histórias.
- Leiam com expressividade e clareza.
- Demonstrem empatia e escuta ativa.
- Criem um ambiente acolhedor e de confiança.
- Escolham textos adequados à idade e ao contexto.
- Compreendam as necessidades e ritmos das crianças.
- Aceitem orientação e busquem melhoria contínua.
Organizar voluntariado de leitura: o que se espera da escola
A implementação do projeto Voluntários de Leitura exige da escola um compromisso partilhado que garanta boas condições para que o aluno ganhe segurança e ritmo na leitura, valorizando o contributo de cada voluntário.
Pontos-chave para uma ação com impacto:
- Coordenação articulada pelo professor bibliotecário, ou por outro responsável por ele designado, assegurando o alinhamento com os objetivos da biblioteca e o apoio necessário aos voluntários;
- Colaboração com os professores das turmas, especialmente na seleção criteriosa dos alunos que mais beneficiarão com a leitura a par, com foco no desenvolvimento da fluência, da compreensão e da relação positiva com os livros;
- Envolvimento dos assistentes operacionais, sobretudo na criação de um ambiente acolhedor e na gestão logística (espaços, horários, acolhimento dos voluntários);
- Informação e envolvimento da comunidade educativa, reconhecendo o valor do projeto e promovendo uma cultura de leitura partilhada;
- Planeamento, acompanhamento e avaliação regulares, tanto do trabalho desenvolvido por cada voluntário, como do projeto no seu conjunto, privilegiando uma abordagem leve, mas intencional, centrada nos progressos de cada aluno.
O papel do professor bibliotecário no voluntariado de leitura
O contributo do professor bibliotecário é essencial para dar consistência ao programa, criar boas condições de leitura e fortalecer a ligação entre alunos, livros e voluntários.
Com um planeamento cuidado e presença atenta, é possível tornar a leitura a par uma prática regular, articulada e com impacto real no desenvolvimento dos alunos.
Algumas ideias-chave:
- Integrar o programa no plano da biblioteca, garantindo continuidade e visibilidade ao longo do ano;
- Colaborar com os docentes na escolha dos alunos que mais beneficiam da leitura com o(a) voluntário(a), com base em critérios claros;
- Criar espaços tranquilos e acolhedores para as sessões, com conforto e privacidade;
- Acompanhar os voluntários de forma próxima e informal:
- apresentar a direção, docentes e funcionários;
- dar a conhecer a biblioteca e os espaços da escola;
- enquadrar o trabalho a realizar;
- sugerir modalidades de leitura, livros e estratégias simples de mediação.
O papel dos voluntários de leitura nas escolas e nas bibliotecas
Os voluntários de leitura têm um papel único: criar tempo e espaço para que cada aluno possa ler com mais confiança, compreender melhor e descobrir o prazer de ler.
O seu contributo deve centrar-se, sempre que possível, em sessões de leitura a par, especialmente no 1.º ciclo, onde o apoio individualizado tem maior impacto. Trata-se de uma prática próxima, que valoriza a escuta, o ritmo de cada aluno e promove, de forma natural, a sua relação com os livros.
O que torna este papel tão relevante?
- Acompanhamento regular de alunos com dificuldades de fluência, compreensão ou motivação para a leitura;
- Criação de uma relação de confiança que estimula a leitura como experiência positiva e segura;
- Adaptação da leitura ao ritmo do aluno, valorizando as tentativas, a releitura e os pequenos avanços;
- Promoção de um ambiente calmo e motivador, onde a leitura acontece com tempo e intenção.
Atividades a priorizar:
- Leitura a par com uma ou duas crianças, incentivando a ler, a reler e a conversar sobre o que leem, num ambiente de escuta e confiança;
- Leitura em voz alta para grupos de crianças em idade pré-escolar, despertando o gosto pelos livros e pela linguagem;
- Apoio a momentos especiais promovidos pela biblioteca, como a semana da Leitura, visitas de autores ou pequenas feiras do livro.
A distribuição das tarefas deve ter sempre em conta o perfil e a disponibilidade de cada voluntário, procurando valorizar diferentes formas de participação, seja no contacto direto com os alunos, seja no apoio à organização das atividades da biblioteca.
Estas ações podem decorrer na biblioteca ou noutros espaços tranquilos da escola, sempre que favoreçam a concentração, a escuta e a relação entre o voluntário e os alunos.