Vanessa Guarani Ratton

Vanessa Guarani Ratton é mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e pós-graduada em Teatro, Justiça Restaurativa e Psicopedagogia. Desde 2020, assina uma coluna quinzenal sobre literatura infantil e juvenil no jornal A Tribuna de Santos. Como autora, tem obras selecionadas para o PNLD do Ministério da Educação do Brasil nos anos de 202 1, 2022, 2023 e 2024, e foi finalista do Prémio Barco a Vapor (2023) e do Prémio Nelly Novaes Coelho (2022). Integra, desde 2017, o movimento nacional Mulherio das Letras, sendo uma das suas articuladoras, e coorganizou, em 2020, o Mulherio das Letras Indígenas. Nesse âmbito, atuou como editora do Álbum Guerreiras da Ancestralidade, distinguido com o Prêmio Jabuti 2023 na categoria Fomento à Literatura.

É diretora da União Brasileira de Escritores (UBE) e membro do Conselho do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca da Cidade de São Paulo. Atualmente exerce funções como vice-diretora da Escola Teia Multicultural, em São Paulo, instituição que mantém também uma unidade em Aljezur, no Algarve.

Vanessa Guarani Ratton faz questão de se apresentar da seguinte forma:

“Olá! Sou uma escritora brasileira que tem raízes indígenas e que, apesar de ter nascido na cidade, fez a reconexão com seu povo, reaprendendo a cultura, a cosmovisão e a língua. 

Minha literatura é semente para corações que escutam o chamado da Mãe Natureza, através da ecopoética e da literatura infantojuvenil. Acredito que é fundamental dar a oportunidade das crianças amarem a natureza antes pedir que a salvem.”

Apresento meu livro mais recente:

Sementes
de Vanessa Guarani Ratton, Editora do Brasil

 Werá Mirim é um menino guarani rápido como um relâmpago, o espírito de seu nome, que cresce na aldeia entre as lições da escola e os ensinamentos ancestrais. Quando um sonho inquietante o alerta sobre uma grande inundação, ele descobre, com a ajuda da natureza e da sabedoria de seu povo, que é possível transformar um futuro ameaçador em um recomeço. Assim, Werá Mirim se torna uma semente de mudança, mostrando que respeitar e cuidar da natureza é cuidar de nós mesmos.

É recomendado para leitura a partir dos 9 anos. Tem como temas o meio ambiente, a mudança climática, cultura guarani e saberes dos povos da floresta.

A obra que indico é: 

O trovão e o vento
de Kaká Werá, Editora Polar.

De que forma podemos levar para nossa vida cotidiana a sabedoria que vem dos povos originários? Poucos homens modernos reconhecem a valiosa contribuição que os saberes indígenas (agricultura, arquitetura, medicina e até espirituais) têm a nós oferecer. Sequer tem conhecimento deles. Em geral, o que se sabe vem de uma visão estreita, como uma aventura exótica.

Esse livro é um verdadeiro tesouro a ser descoberto, que esclarece e situa historicamente, para depois levar o leitor ao reencontro com fundamentos que já existem dentro de si. Uma reconexão com o sagrado e com a Mãe Terra.

O trovão e o vento é um caminho de evolução. Na tradição tupi-guarani, o trovão e o vento simbolizam a força e a suavidade no interior de nós, análogos ao Yang e ao Yin, da sabedoria taoista.

Gratidão
Ha'ewete