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O que pode a biblioteca escolar fazer? - Parte III

3. Seguir uma abordagem não formal e informal

Hoje não se chega à verdade da forma teorética e especulativa como Descartes ou Kant o fizeram, nem se chega à virtude pela via solitária e meditativa como S. Paulo a alcançou. Antes, é preciso que haja voz, é preciso que haja pele ou, pelo menos, relação e é preciso que haja riso.

A biblioteca escolar deve seguir uma abordagem que seja significativa para as crianças e jovens, próxima das situações do seu dia-a-dia, prática, ativa, lúdica e acessível a todos.

Esta abordagem não formal - tal como a formal, pressupõe intenção e planeamento, mas mais flexível e acessível - e informal caracteriza-se pelos seguintes aspetos: A. Experiencial e holística; B. Participativa e democrática.

 

A. Experiencial e holística

Baseada na criação de ambientes de aprendizagem que mobilizem, em simultâneo, conhecimentos, valores e atitudes e nos quais as crianças e jovens podem:

Exemplos destes contextos na biblioteca são os seguintes: comunidades de leitores, role playings, círculos ou laboratórios de ideias, parlamentos de crianças ou jovens, instalações artísticas, músicas comentadas, flash mobs.

 

B. Participativa e democrática

O responsável da biblioteca deve criar oportunidades regulares para que as crianças e jovens:
 
 
Deve ainda criar oportunidades para que as crianças e jovens se envolvam em diferentes círculos de poder/ conhecimento que ajudem a efetivar e deem continuidade ou sustentabilidade à sua ação. Fazem parte destes círculos:
 

Quando falamos em aprendizagem não formal ou informal também queremos designar a ligação e o envolvimento significativo e efetivo destes poderes/ conhecimentos na educação das crianças e jovens que é, no século XXI e para alguns destes círculos, uma prioridade. É sob este ponto de vista que o responsável da biblioteca deve proceder a uma curadoria, não apenas dos conteúdos ou informação e dos serviços que a biblioteca disponibiliza, mas também das pessoas e instituições locais (espaços comunitários do bairro, da vila, da cidade…) que considere relevantes para a realização do seu propósito de educação e formação de um cidadão cosmopolita.

 

Fonte da imagem: C. Rogers. (1985). Liberdade para aprender.
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