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Para que serve o sufrágio universal?

Carta Universal de Deveres | Artigo 9

“1. Todas as pessoas têm o dever e a obrigação de, dentro das suas condições e possibilidades, participar responsavelmente nos assuntos públicos e na tomada de decisões coletivas. […]

3. Todos os partidos e organizações políticas têm o dever e a obrigação de contribuir para a articulação democrática da sociedade, a representatividade política, com especial atenção ao objetivo da igualdade de género.”

Fundação José Saramago. (2017). Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos. https://www.josesaramago.org/carta-universal-dos-deveres-e-obrigacoes-dos-seres-humanos/ 

Discussão

Exponha as suas razões e apresente exemplos significativos.

1. Para que serve o sufrágio universal? Tem impacto na vida dos cidadãos ou é um ritual?

2. E se a maioria dos eleitores deixasse de votar [Saramago, J. (2004). Ensaio sobre a Lucidez], quais seriam as consequências? 

3. A democracia representativa é o melhor sistema político ou deveria criar-se outro?

4. Se formos cidadãos incompetentes e desinformados devemos votar?


Palavras de José Saramago

“Sou um comunista defensor da democracia. Ela está aqui, há que aceitá-la, o que não impede de criticar, observar, analisar.”

Gastão, A. (2004, 25 mar.). “A democracia ocidental está ferida de morte” [Entrevista], in: Aguilera, 2010. 

“A democracia não tem existência, nem qualidade em si mesma: depende do nível de participação dos cidadãos.”

Prada, J. (1996, 31 jul.). “As palavras ocultam a capacidade de sentir” [Entrevista], in: Aguilera, 2010.

“Já não há indignação espontânea, que é boa, a verdadeira indignação. Existe uma doença do espírito: o mal da indiferença cívica. Todos estamos moralmente doentes.”

Díez, G. (1994, 15 mar.). “O mundo está ficando cego” [Entrevista], in: Aguilera, 2010.

“O mal é que continuamos a chamar democracia a uma coisa que já não o é. Isto é, se nós residimos num mundo em que uma democracia política não vai a par de uma democracia cultural ou de uma democracia económica, então o que temos não é uma democracia. Porque, vamos lá ver, quem são os que mandam neste mundo? Os presidentes? Não, senhor, os que mandam neste mundo são […] as corporações financeiras mundiais. Eu digo: a General Motors ou a Coca-Cola, por exemplo, não se apresentam às eleições, então porque é que continuamos a falar de democracia? Se o poder está noutro nível, e os poderes económicos e financeiros privilegiam as suas especulações acima de qualquer outra coisa, como poderemos continuar a falar de democracia? A democracia é uma coisa que está fora das preocupações dos que realmente mandam neste mundo.”

Tarifeno, L. (1998, 17 jun.). “‘Aos que mandam neste mundo não lhes importa a democracia’, disse Saramago” [Entrevista], in: Aguilera 2010.
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