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O que significa viver hoje? Que palavra, que conto és tu?

Carta Universal de Deveres | Introdução

“[…] o avanço dos processos democráticos é posto em causa por aqueles que pensam que estes nem sempre levam à eleição das melhores pessoas para o desempenho dos cargos públicos; o direito tem características que o fazem parte do próprio processo de dominação […] as pessoas estão mais isoladas e vêem-se vulneráveis por uma quantidade alarmante de causas; as desigualdades crescem e institucionalizam-se.”

Fundação José Saramago. (2017). Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos. https://www.josesaramago.org/wp-content/uploads/2021/05/PT-declaracao_deveres_humanos_paginada.pdf 

Imagine, reflita e escreva

Os romances de Saramago partem de uma situação absurda sobre a condição humana que exige reflexão:

1. O que significa viver hoje? Para onde vamos?

Tomando como inspiração os romances de Saramago e refletindo sobre uma destas perguntas, imagine uma situação/ contexto improvável que condense as suas preocupações e aspirações sobre a atualidade e o futuro da sociedade e da Terra.

“Nenhuma personagem minha é inspirada por pessoas reais. Em caso nenhum. […] As minhas personagens nascem em cada momento, são impelidas pela necessidade e não são cópias, não são versões.”

Reis, Diálogos com Saramago, pp. 137, 138.

2. Que personagens é que essa situação exige?

Tenha em conta que Saramago criou, de forma inteiramente livre, as suas personagens, inspirando-se na vida, na História, na Bíblia e mitologia, nos animais. Escreveu obras, como Ensaio sobre a Cegueira, em que os personagens não têm nome: “a mulher do médico”, “a rapariga dos óculos”…

3. Narre-a tornando a proposta absurda inicial, convincente/ verosímil.

4. Imprima-lhe outra ordenação, de acordo com a transformação das regras gramaticais e de pontuação feita por Saramago.


Pode obter uma explicação para este estilo de escrita na entrevista: Dias, A. (2017). José Saramago. https://www.youtube.com/watch?v=4OjpbODwM8k 

Que palavra, que conto és tu?


Palavras de Saramago

Somos “seres feitos de palavras, herdeiros de palavras e que vão deixando, ao longo do tempo e dos tempos, um testamento de palavras, o que têm e o que são”.
“’Somos contos de contos, nada.’ Sete palavras melancólicas e céticas que definem o ser humano e resumem a história da humanidade. Mas, se é certo que não passamos de contos ambulantes, contos feitos de contos, e que vamos pelo mundo contando o conto que somos e os contos que aprendemos, igualmente me parece claro que nunca poderemos vir a ser mais do que isto…” 

Saramago, J. (1995). Cadernos de Lanzarote [Diário II]. https://www.portoeditora.pt/produtos/ficha/cadernos-de-lanzarote-diario-ii/17939514 
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