Agrupamento de Escolas/ Escola não agrupada

AE Marquês de Marialva, Cantanhede


Concelho

Cantanhede


Localidade

Cantanhede


Título da experiência

Onlife.com@BEMM |Media e Informação


Qual dos eixos temáticos principais é desenvolvido na sua proposta?

Cidadania digital ativa e responsável


Data e duração da implementação

Início em 2021-2022 e continuidade em 2022-2023


Descreva brevemente a experiência

Após sessões sensibilizadoras, implementaram-se percursos didáticos de Literacia dos Media (LM) e Literacia da Informação (LI), na escola e em família, privilegiando-se a criação e produção colaborativa de conteúdos multimodais, reforçados pela campanha “Sempre ALERTA!”, dirigida à comunidade.


Idades dos alunos participantes

Alunos dos 4.º, 5.º e 7.º anos: entre 9 a 12 anos


Disciplinas(s) implicada(s)

4.º ano: Estudo do Meio, Português e Cidadania e Desenvolvimento; 5.º ano: Cidadania e Desenvolvimento, Apoio ao Estudo e DTA (aula com Diretor de Turma) 7.º A: Português, Matemática, Geografia, Tecnologia da Informação e Comunicação e DTA (aula com Diretor de Turma)


Quais foram os objetivos de aprendizagem?

Sustentado nos referenciais Aprender com a Biblioteca Escolar (AcBE), Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO) e currículo e na centralidade da ação dos aprendentes de cada nível de escolaridade, nos domínios cognitivo (Saber-Saber), psico-motor (Saber-Fazer) e socioafetivo (Saber-Ser/Saber-Estar), ativando conhecimentos prévios ou ideias preconcebidas para a (re)construção fundamentada de novos conhecimentos, visa-se:

I. Objetivos de aprendizagem

  • Desenvolver um olhar crítico perante as mensagens mediáticas e a informação;
  • Promover, de forma competentes, crítica, responsável, criativa e ética, o uso da informação nas áreas das Literacias da Informação e Mediática;
  • Fomentar a criação de produtos resultantes da aplicação dos guiões e dos temas abordados.

II. Competências a desenvolver (capacidade de realizar uma determinada tarefa)

  • Aceder, com espírito atento e crítico, aos meios de comunicação (TV, rádio, jornais, revistas, Internet, redes sociais...);
  • Usar, refletir e compreender textos impressos, digitais e de multimédia;
  • Pesquisar, selecionar, organizar, validar e comunicar a informação impressa e digital, respeitando direitos de autor e conexos;
  • Criar produtos em vários formatos (escrito, áudio, vídeo, multimédia), divulgando-os.
  • Ler, escrever e comunicar em diferentes formatos (texto, áudio, vídeo…);
  • Interagir e colaborar em ambientes presenciais e digitais, recorrendo às tecnologias e ferramentas facilitadoras de aprendizagens e inclusão;
  • Usar de modo crítico, responsável, criativo e ético a informação impressa e digital, nas áreas da LM e LI, tendo em atenção a credibilidade das fontes e o respeito por autorias e normas de citação e de referência bibliográfica;
  • Expressar ideias, sentimentos e opiniões, mobilizando critérios implícitos e explícitos de argumentação e apresentando sugestões de melhoria;
  • Comunicar com correção e eficácia, respeitando as regras de convivência inerentes a diversos contextos comunicacionais.

III. Conhecimentos esperados

  • Compreender conceitos de cidadão onlife, no mundo atual, inerentes à LM e LI;
  • Conhecer diferentes media e respetivos formatos (impresso, icónico, sonoro, audiovisual, multimédia, ...), estabelecendo semelhanças e diferenças;
  • Compreender o papel, a utilidade, a influência e o impacto dos media na formação da opinião pública;
  • Distinguir facto de opinião/(des)informação, informação verdadeira de falsa… e meios de combate;
  • Responder a desafios de aprendizagem, de forma autónoma ou colaborativamente, em função de interesses e necessidades pessoais e escolares;
  • Conhecer e selecionar ferramentas de pesquisa e fontes de informação (impressas ou digitais) adequadas ao tema de pesquisa, contemplando recursos online de apoio à aprendizagem disponibilizados pelo agrupamento-concelho (Aprendiz de Investigador e Catálogo Concelhio);
  • Difundir informação online, em segurança e com civismo/responsabilidade, respeitando direitos de autor e conexos.

Considera-se que esta segunda fase de implementação será manifestamente importante para a consolidação e melhoria do projeto, o qual viabilizará aferir, com mais precisão, o seu impacto na aprendizagem dos discentes e no nível de desenvolvimento de competências em LM e LI. Dos resultados obtidos decorrerá a expansão desta experiência, segura e concertada, a outros níveis e anos de ensino e letivos.


Qual foi a origem desta proposta?

Onlife.com@BEMM_Media e Informação é um projeto bianual (2021-2022 e 2022-2023), concebido pelas Bibliotecas Escolares Marquês de Marialva (BEMM), no âmbito da candidatura "Ideias com mérito", da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE).

Visa dar resposta às situações-problema diagnosticadas, extraídas do conhecimento empírico dos docentes e dos documentos orientadores do Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva (AEMM) que recomendam um maior investimento nas literacias dos media e da informação e de práticas pedagógicas inovadoras e continuadas, com interação de todos os intervenientes educativos:

      • alunos: dificuldades em aceder-compreender-selecionar-validar-produzir-divulgar informação e usar crítica e responsavelmente os media;
      • professores: necessidade de mobilizar continuadamente a LM e LI no processo de ensino e aprendizagem;
      • família: reduzido envolvimento em atividades (extra)curriculares;
      • BEMM: reforço de uma articulação mais eficiente com a sala de aula e os projetos do AEMM (rádio, jornal, clubes...) e maior rentabilização dos recursos do Aprendiz de Investigador.

Os dados recolhidos do questionário de diagnóstico sobre “Os hábitos de consumo mediático do(s) meu(s) educando(s)”, aplicado a alunos e encarregados de educação (EE), corroboram a ideia de que as metas de LM e LI se encontram ainda aquém do desejado. A avaliação autorreguladora realizada pelo Observatório da Qualidade das Práticas (OQP) – dispositivo de autoavaliação do agrupamento – que incluiu a avaliação da BEMM, confirma estas fragilidades face às potencialidades internas do AEMM.


Que metodologias foram utilizadas?
 
  • Diagnóstico de fragilidades em LM e LI
  • Elaboração do Projeto Apresentação e aprovação do projeto em Conselho Pedagógico (CP)
  • Criação da imagem do projeto - Logótipo e layouts: campanha “Sempre ALERTA!” e guiões.
  • Divulgação e sensibilização - Seleção dos grupos/turmas participantes. - Reuniões com BE-docentes-EE-parceiros (serviço de psicologia, rádio e jornal escolares e clubes).
  • Formação aos colaboradores - Dinamização de microformações Aprender e Digitar nas BEMM e PADDE para docentes colaboradores pelos professores bibliotecários.
  • Preparação e produção de materiais, em trabalho colaborativo
  • Elaboração de cronograma e planificação (temáticas, produtos impressos e digitais e impactos esperados)
  • Elaboração de guiões didáticos e alertas
  • Definição de processos e instrumentos de recolha de informação
  • Criação de mecanismos de articulação e difusão (e-mail, Teams, mural digital)
  • Operacionalização partilhada - Publicitação de “Alertas!” de sensibilização da comunidade para as temáticas em foco
  • Dinamização de sessões de LM e LI pelos professores bibliotecários
  • Exploração orientada de guiões, na sala de aula, por professores das turmas-piloto e proposta de trabalho complementar, a realizar em família, com criação de recursos impressos e digitais
  • Recolha e publicação de evidências no mural digital e nos canais de comunicação do AEMM.
  • Monitorização e avaliação
      • a) Intervenientes - Equipa do projeto - Observatório de Qualidade das Práticas (OQP)
      • b) Instrumentos
          • Questionário de avaliação do nível de LM e LI – alunos e EE (no início e no final do projeto)
          • Questionário de satisfação
          • Listas de verificação
          • Grelhas de autoavaliação
          • Rubricas de critérios de avaliação de tarefas
          • Mural digital
          • Relatórios: intermédio (término de 2021-22) e final (término de 2022-23) para integrar no OQP
        • c) Indicadores (ver avaliação)
        • d) Escala numérica (ver avaliação)

Se um professor de outro estabelecimento de ensino estivesse interessado em replicar a iniciativa, como a explicaria?
  • Designação e resumo do projeto - Onlife.com@BEMM |Media e Informação é um projeto promovido pela Biblioteca Escolar (BE) em parceria com professores, família e outros, financiado pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) - Ideias com Mérito e aprovado em Conselho Pedagógico (CP).
  • Alicerça-se em documentos de referência: Aprender com a Biblioteca Escolar, PASEO e currículo (aprendizagens essenciais e transversais).
  • Pretende contribuir para o desenvolvimento de literacias: Media e Informação (em foco) e Leitura, Escrita, Digital, Familiar... (em potência), mediante um programa pedagógico articulado entre Biblioteca Escolar-Sala de aula-Família bem como a rentabilização de recursos e parcerias.
  • Público-alvo – Delimitação da amostra face ao diagnóstico empírico (experiência quotidiana) e factual (documentos do agrupamento, questionários…): 2 turmas dos 4.º, 5.º e 7.º anos.
  • Sensibilização – Reuniões entre professores bibliotecários-docentes-Encarregados de Educação: apresentação do projeto, seleção de temáticas e viabilização de colaborações.
  • Equipa e funções – PB e equipa; 2 docentes (4.º ano); conselhos de turma (5.º e 7.º anos); parceiros (família, psicóloga, rádio e jornal escolares…):
      • PB-docentes planificam-executam-monitorizam-avaliam.
      • Família-aluno colaboram em atividades.
      • Psicóloga dinamiza sessões sobre o cognitivo-comportamental no digital.
      • Rádio e jornal escolares promovem o projeto e divulgam os produtos.
  • Objetivos principais – (ver objetivos de aprendizagem)
  • Planificação – Cronograma. Produção de alertas, guiões pedagógicos e recursos. Parcerias.
  • Operacionalização:
    1. Campanha de sensibilização da comunidade “Sempre ALERTA!”; microformações de docentes em LM e LI.
    2. Implementação de programa pedagógico de desenvolvimento de LM e LI, em BE-Sala de Aula-Família.
    3. Criação de conteúdos multimodais, extensiva à família.
    4. Meios de difusão – canais de comunicação do AEMM.
    5. Monitorização-Avaliação (ver estratégias e instrumentos de avaliação)

Qual o grau de participação e de envolvimento dos alunos?

Os alunos participaram e envolveram-se, cognitiva e emocionalmente, de forma bastante ativa e positiva.

Foram lançados desafios e executadas a maioria das atividades a eles inerentes, constantes nos guiões pedagógicos, além da criação e produção de diversos recursos multimédia (infográficos, vídeo, áudios...), em diferentes ambientes e com diferentes colaboradores (pares e família).

Analisando os resultados obtidos, face aos indicadores de desempenho esperados (15 recursos), no atinente à participação e ao envolvimento dos alunos, constata-se que, na globalidade, foram criados 35 recursos em contexto de sala de aula, de forma autónoma e colaborativa, e 11 “Em Família”, sendo a participação desta última mais expressiva no 4.º ano.

É de registar que algumas das atividades não realizadas decorreram dos constrangimentos da situação pandémica e da desativação da BEMM e da rádio escolar OndaMM, em consequência das obras de requalificação da escola.

No decurso das atividades em sala de aula, foi bem notória a satisfação de grande parte dos alunos, pelo que se considera que o trabalho desenvolvido foi ao encontro das suas necessidades e expetativas atuais, face ao diagnóstico realizado.

Foram vários os fatores que concorreram para que se atingisse este nível de satisfação:

a) a operacionalização do projeto privilegiou metodologias ativas que garantiram a centralidade, o envolvimento emocional e intelectual e a motivação dos alunos, mediante um processo de aprendizagem baseado em desafios, descoberta guiada e trabalho colaborativo;

b) as abordagens pedagógicas primaram pela transdisciplinaridade concetual e literácica, pela flexibilidade, respeitando diferenças e ritmos de aprendizagem, o desenvolvimento e mobilização de multiliteracias e a articulação de diversos ambientes comunicacionais: sala de aula, tecnológico-digital e família;

c) a exploração de situações reais com aplicabilidade no quotidiano dos alunos, a manipulação de documentos em vários formatos (texto, áudio, vídeo, multimédia) e o recurso ao uso contextualizado e pedagógico das tecnologias articularam-se com ambientes físicos e digitais de aprendizagens úteis para a vida;

d) a construção de conhecimento e de produtos alicerçou-se numa dinâmica de coprotagonismo entre PB-alunos/professor-alunos/aluno-aluno/aluno-família, mediada pelos PB e reforçada pela implementação estratégica de diversas modalidades de trabalho (individual, par, pequeno e grande grupo);

e) a partilha de produtos multimodais criados serviu como: evidência da transformação da informação em conhecimento; mobilização das aprendizagens noutros contextos; reflexão plenária de experiências e ideias; regulação, pelos docentes, e autorregulação, pelos alunos, de aprendizagens; desenvolvimento do pensamento crítico, criativo e tecnológico, da colaboração e da autonomia; consolidação e/ou aperfeiçoamento de competências mediáticas e informacionais.


Como é que o uso da tecnologia enriqueceu ou melhorou a aprendizagem dos alunos?

Apesar da dificuldade em estabelecer, com rigor e precisão, uma relação de causa-efeito entre o uso de tecnologias digitais e a melhoria das aprendizagens dos alunos, atendeu-se sempre à seleção dos recursos digitais em função dos seguintes critérios:

  • conteúdos a explorar e respetivo grau de complexidade,
  • atividades/estratégias metodológicas privilegiadas,
  • inovação de práticas,
  • dinâmicas de trabalho dos alunos,
  • nível etário dos alunos,
  • nível de literacia digital de alunos e docentes,
  • aprendizagens a atingir,
  • competências a desenvolver,
  • recursos disponíveis.

Por conseguinte, primou-se pelo uso contextualizado e intencional da tecnologia com impacto positivo na atuação dos alunos, como criadores e produtores de conteúdos multimodais, pois:

  • promoveu o envolvimento dos alunos no processo diversificado de ensino e aprendizagem com diferentes graus de complexidade cognitiva e comportamental;
  • intensificou os processos dialógicos entre aluno-professor e aluno-aluno;
  • facilitou as aprendizagens dos alunos e o desenvolvimento de competências e literacias;
  • reforçou a autonomia e o trabalho colaborativo;
  • desenvolveu o espírito crítico e criativo;
  • assegurou um apoio e acompanhamento mais efetivo da realização das tarefas pelo docente, adequado aos ritmos e necessidades de aprendizagem individuais e passível de aperfeiçoamento contínuo;
  • permitiu compreender as estratégias de trabalho dos alunos;
  • deu significado às aprendizagens, aproximando-as dos contextos reais de produção e aplicação de conhecimentos úteis para a vida;
  • garantiu a distribuição personalizada, imediata e em tempo útil, de feedback, tão importante para a autorregulação e a melhoria de desempenhos futuros;
  • ampliou as possibilidades de diversificar os procedimentos de avaliação e os processos de recolha de informação;
  • facilitou os mecanismos de auto e heteroavaliação.

Que estratégias e instrumentos de avaliação foram utilizados?

As estratégias e os instrumentos de avaliação consensualmente definidos, calendarizados e implementados regularmente, tinham por objetivo a recolha de dados para aferir o nível de LM e LI dos alunos, antes e após a execução das atividades, incidindo sobre o processo e os produtos.

Foram trazidos à colação todos os intervenientes na regulação e autorregulação das aprendizagens.

A monitorização fez-se com base na qualidade dos produtos textuais e multimodais criados pela equipa coordenadora do projeto, pelos alunos na sala de aula e por estes em colaboração com a família.

As evidências encontram-se disponíveis num mural virtual.

Primeiramente, recorreu-se à aplicação de um questionário de avaliação das literacias dos media e da informação aos alunos envolvidos no projeto, a fim de se aferir o nível de desenvolvimento das respetivas literacias.

De seguida, em sala de aula, assegurou-se a regulação e autorregulação das competências, mediante listas de verificação de aprendizagens, preenchidas pelo docente, antes e depois da operacionalização do percurso pedagógico proposto, e preenchidas por cada aluno, após; rubricas de avaliação criterial de tarefas, fundamentais para a regulação e autorregulação de aprendizagens.

Depois, formalizaram-se dois momentos de avaliação previstos: intermédia, em 2021-22 (pontos de situação em reuniões das equipas educativas e de CP; boletins das BE e outros meios de comunicação e difusão dos AE; Jornadas de Avaliação do AEMM) e final, no terminus de 2022-23 (relatório CP e Jornadas de Avaliação do AEMM) com recurso a questionário.

Indicadores: número de disciplinas/áreas envolvidas, número de recursos produzidos para e da execução, o número de atividades concretizadas, aumento do nível das competências em LM, LI e LD e nível de satisfação. A escala numérica: 1-Muito Insuficiente a 5-Muito Bom.


Quais foram as principais conclusões e avaliações tiradas após colocar em prática essa experiência?

Face à avaliação intermédia realizada e salvaguardando o facto de o projeto se encontrar em vigência pelo seu 2.º ano consecutivo, é já possível extrair conclusões e avaliações positivas.

Em relação à consecução dos objetivos que presidem ao projeto, considera-se que:

a) os alunos, docentes e encarregados de educação das turmas-piloto estão agora mais sensibilizados para a problemática das LM e LI, em resultado da campanha de sensibilização “Sempre ALERTA!”, cujos recursos digitais “Alerta!” foram afixados nas escolas e publicados nos media do AEMM;

b) os alunos preocupam-se agora mais com o uso competente, crítico, responsável, criativo e ético da informação nas áreas da LM e LI, reestruturam pensamentos, analisam e avaliam, mobilizam informação noutros contextos;

c) os alunos reconhecem a importância das temáticas para a sua vida pessoal e escolar, atual e futura, em consequência do programa pedagógico articulado entre BEMM-Sala de Aula-Família, das sessões de formação dinamizadas pela equipa da BEMM: pesquisa, seleção e avaliação da informação; propriedade intelectual; desinformação e notícias falsas; os tipos de media e as suas linguagens; da operacionalização dos guiões com percursos didáticos de abordagem contextualizada da LM e LI, em contexto de sala de aula (envolvimento de várias áreas/disciplinas) e em família (proposta complementar das atividades de sala de aula);

d) os alunos assumiram-se também como criadores e produtores de conteúdos multimodais, em quantidade e qualidade, na sala de aula e com a colaboração da família (v. Qual o grau de participação e de envolvimento dos alunos?), o que revela uma atitude proativa face ao conhecimento e à vontade de o partilhar.

Fatores contributivos: qualidade dos recursos produzidos e disponibilizados; aquisição de equipamento; boa execução do projeto; adesão dos alunos às atividades propostas e concretizadas; recetividade e colaboração dos docentes das turmas-piloto e de alguns encarregados de educação.


Qual o impacto desta experiência nos alunos e no seu ambiente?

Inicialmente, o impacto manifestou-se nas reuniões de apresentação do projeto aos alunos das turmas-piloto, ao revelarem uma atenção curiosa face às ações a desenvolver e aos impactos esperados.

A campanha de sensibilização “Sempre ALERTA!” aumentou esse impacto, pois alertou consciências para a importância das LI e LD na onlife de todos os cidadãos.

Posteriormente, com os alunos já sensibilizados, o impacto foi reforçado com as sessões de formação em LM e LI, dinamizadas pelos PB, na BE e na sala de aula, e com a operacionalização contextualizada dos guiões didáticos, na sala de aula, pelos professores colaboradores e continuados “Em Família”.

As atividades e a criação de produtos multimodais em contextos (in)formais de aprendizagem, centralizadas na ação dos aprendentes, enquanto consumidores e produtores, comprovam que as aprendizagens foram consideradas úteis e culturalmente significativas e que são saberes facilitadores de integração-articulação curricular e do envolvimento da família, logo com impacto agora e ao longo da vida.

Por fim, a integração na equipa de áreas multidisciplinares, com funções de relevância educativa no AEMM, e de projetos (Rádio ONDAMM, responsável pela literacia digital, jornal “Novidades do Marquês", OQP, SPO), o envolvimento das famílias (reuniões, questionário, cocriação de produtos), além da rentabilização de recursos (Aprendiz de Investigador e Catálogo Concelhio), comprovam o impacto inter-geracional do projeto no seio da comunidade.

Ademais, o impacto é ainda reforçado pela sustentabilidade deste projeto, dado o contínuo interesse manifestado pelos coordenadores, colaboradores e parceiros, bem como pelo acompanhamento da Rede de Bibliotecas Escolares, em reunião datada de 26 de novembro de 2021, que destacou este projeto com a insígnia “Ideias com mérito”.


Que melhorias incluiria se repetisse esta experiência?

Encontrando-se o projeto Onlife.com@BEMM | Media e Informação no seu segundo ano de vigência, os PB delinearam as seguintes estratégias de melhoria, a fim de otimizar a sua consecução e atingir plenamente os objetivos propostos:

  • restrição, para um, dos anos de escolaridades das turmas-piloto, de modo a respeitar-se, integralmente, o cronograma de atividades e a possibilitar um acompanhamento mais próximo;
  • reforço da articulação curricular BE-Conselhos de Turma, ampliando o número de disciplinas/áreas envolvidas e disponibilizando um plano de ação anual, nas primeiras reuniões intercalares, para preenchimento colaborativo, em função dos aprendizagens essenciais, a implementar em DAC (implementado em 2022-23);
  • pesquisa, adaptação e criação antecipada de alguns recursos, evitando a simultaneidade de tarefas inerentes à produção e operacionalização por parte dos dinamizadores;
  • dinamização de sessões plenárias, em assembleias de alunos, reduzindo o número de ocupação de tempos letivos (agendado para 2022-23);
  • rentabilização de recursos provenientes de comemorações: Dia da Internet Segura, Dia do Livro e dos Direitos de Autor…;
  • prosseguir com o Aprender e Digitar nas BEMM - dinamização de microformações pelos PB a docentes (modelo de pesquisa; tratamento da informação; direitos de autor; exploração do repositório do Aprendiz de Investigador; segurança na Internet; software e aplicações para produção de recursos digitais), bem como dar continuidade a Diálogos Com e Entre Pais, em articulação com o SPO, parcialmente inviabilizados pela pandemia;
  • sessão pública de apresentação de produtos, com o intuito de publicitar o projeto e angariar colaboradores futuros.

Convém referir também que, no primeiro ano de vigência, o projeto foi-se readaptando às exigências do momento e atendeu às sugestões dos docentes na elaboração dos materiais subsequentes.

 

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