Castro Alves: 1847 - 1871, Bahia, Brasil – 1871; morreu aos 24 anos, defensor do abolicionismo, ”poeta dos escravos”.

 

Presa nos elos de uma só cadeia, 
A multidão faminta cambaleia, 
E chora e dança ali! 
Um de raiva delira, outro enlouquece, 
Outro, que martírios embrutece, 
Cantando, geme e ri! 

No entanto o capitão manda a manobra, 
E após fitando o céu que se desdobra, 
Tão puro sobre o mar, 
Diz do fumo entre os densos nevoeiros: 
”Vibrai rijo o chicote, marinheiros! 
Fazei-os mais dançar!...” 

Navio Negreiro, in: Neto, Artur. (2007). A Palavra e a Imagem no Poema "O Navio Negreiro" de Castro Alves. UFAL.  


Leia também:

Alves, Castro. (2023). O navio negreiro e outros poemas. Rakuten Kobo. https://www.kobo.com/pt/pt/ebook/o-navio-negreiro-e-outros-poemas-2 

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