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Azinhaga da memória de Saramago – Roteiro

Carta Universal de Deveres | Artigos 11 e 23

“1. Todas as pessoas têm o dever e a obrigação de respeitar e exigir o respeito pelo […] património cultural material e imaterial e de transmitir esse património comum às gerações futuras.”

“Todas as pessoas têm o dever e a obrigação de contribuir para a defesa dos interesses fundamentais da comunidade […].”

Fundação José Saramago. (2017). Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos. https://www.josesaramago.org/carta-universal-dos-deveres-e-obrigacoes-dos-seres-humanos/ 

Roteiro

Em grupo, construa um roteiro ou mapa literário da Azinhaga da memória da infância e adolescência do autor. Nele pode reunir, para além de elementos literários, informação histórica, científica ou outra.

Para o criar, cada elemento do grupo pode propor um excerto do livro que seja, para si, marcante. Depois, pode dar por escrito o seu testemunho de leitura desse excerto. Finalmente, representá-lo graficamente ou através de outra expressão (música, encenação, poema…).

Uma vez que a Azinhaga da memória do escritor não coincide com a atual, pode acrescentar valor à aldeia a publicação do trabalho de todos nos canais de comunicação da biblioteca e/ ou nos sítios em linha de uma das entidades locais.

Para o efeito, pode reuni-lo num vídeo, usando os editores de vídeo e sons sugeridos em RBE, Biblioteca Escolar Digital, ou um Padlet aberto aos contributos da comunidade. 


Palavras de José Saramago

As pequenas memórias de José Saramago fazem uma visita guiada literária e íntima à aldeia onde nasceu o escritor, Azinhaga do Ribatejo (Golegã).

“Foi nestes lugares que vim ao mundo, foi daqui, quando ainda não tinha dois anos, que meus pais, migrantes empurrados pela necessidade, me levaram para Lisboa, para outros modos de sentir, pensar e viver […] a criança já havia estendido gavinhas e raízes”

Saramago, As pequenas memórias, p. 10.

“A criança, durante o tempo que o foi, estava simplesmente na paisagem, fazia parte dela […] mas há que dizer que a sua atenção sempre preferiu distinguir e fixar-se em coisas e seres que se encontrassem perto, naquilo que pudesse tocar com as mãos […] fosse uma cobra rastejando, uma formiga levantando ao ar uma pragana de trigo, um porco a comer do cocho, um sapo bamboleando sobre as pernas tortas, ou então uma pedra, uma teia de aranha, a seiva de terra levantada pelo ferro do arado, um ninho abandonado, a lágrima de resina escorrida no tronco do pessegueiro, a geada brilhando sobre as ervas rasteiras. Ou o rio.”

Ibid., p. 13.

“Vivemos num determinado lugar, mas habitamos outros lugares. Eu vivo aqui em Lisboa quando cá estou, vivo em Lanzarote quando lá estou. Mas habitar, habitar, habito naquilo que seria – ou é – a aldeia. Não se trata, porém, desta aldeia, antes a aldeia da minha memória.”

Luís, S. (2007, 9 nov.). “José Saramago: ‘Eram tempos, eram tempos’”, in: Aguilera, 2010.


Outras sugestões de leitura

- Associação 25 de Abril. (2019). Lisboa - lugares de Abril. https://a25abril.pt/base-de-dados-historicos/locais-de-abril/

- Bairro dos Livros. (2018). Mapa do Bairro: Guia Literário da Cidade: Uma experiência do Porto para amantes de livros. http://bairrodoslivros.com/portfolio_page/mapa-do-bairro-guia-literario-da-cidade/ 

- Direção Regional de Cultura do Norte. (2015). Escritores a Norte: vidas com obra em casas d' escritas. https://escritoresanorte.pt/default.aspx

- Rodrigues, M. (s. d.). BragaLit: Mapa literário da cidade de Braga. https://bragalit.webnode.pt/

Zest - Books for Life (Ed.). (2016). Street Art Lisbon. 2 vols. https://www.zestbooks.pt/street-art-lisbon-vol2

 

 

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